Serra é candidato a Uribe
Política

Serra é candidato a Uribe


O texto abaixo do Tijolaço mostra o papel triste que SERRA está desempenhando nestas eleições 
Na verdade, este político sem discurso e sem projeto, assume o discurso das Organizações Globo contra Chaves e as lutas dos povos latino-americanos contra a ditadura do império do "grande irmão do norte".

A depender de SERRA seremos mais uma estrela na bandeira americana. Veja que SERRA assumiu o discurso das Organizações Globo e do pior que existe neste país. 

Por isso, os governos populares da América Latina correm perigo com este monstrengo.  



Serra é candidato à Uribe

por Brizola Neto

A onda de governos populares na América do Sul, que se estendeu do pampa argentino ao caribe venezuelano, sempre teve seu contraponto na Colômbia de Álvaro Uribe, aliado incondicional dos Estados Unidos e forte crítico das políticas vizinhas, especialmente de Hugo Chávez, o inimigo número um do império no continente.

Com Uribe saindo de cena, embora ainda atirando numa tentativa de atrelar seu sucessor Juan Manuel Santos à sua política de subserviência, os Estados Unidos precisam de algum governante forte para não perder de vez sua influência na região. Alguém que defenda o liberalismo econômico em toda sua extensão, que ataque Chávez e se mantenha fora de qualquer protagonismo além fronteiras, como no caso do Irã e do conflito Israel-Palestina.

O posto vago parece ter um forte candidato em José Serra, que repete o discurso uribista, mas de forma menos honesta, recorrendo sempre a sujeitos indefinidos, como ao afirmar que “todo mundo” sabe que o PT é ligado às Farc e estas ao narcotráfico e “todo mundo” sabe que as Farc se abrigam na Venezuela, como fez hoje a uma platéia de empresários, em São Paulo, como publicou o Estadão.

Serra fala exatamente o que os EUA gostam de ouvir para justificar a presença de suas bases na América do Sul e da quarta frota em nossas águas, no suposto combate às drogas, que não passa de uma vigilância permanente sobre os governos progressistas e soberanos. Serra fomenta o conflito entre Colômbia e Venezuela sob o falso discurso de que proporia uma política de pacificação, mas sem “ter viés para um lado, porque aí você perde a capacidade de negociação”.

Ao fazer tal afirmação, Serra critica o que chama de aproximação de Brasília e Caracas, mostrando o Itamaraty como incapaz de resolver o conflito, pois teria um lado na questão. É mais uma das mentiras de Serra, já que a diplomacia brasileira no governo Lula se destacou como mediadora das principais crises no continente, sempre merecendo o respeito de Uribe e de Chávez.

Serra deveria saber que por ocasião do grave conflito entre Colômbia e Equador depois que tropas colombianas invadiram território equatoriano e mataram integrantes das Farc, o Brasil teve papel relevante na mediação entre os dois países, junto a outras nações sul-americanas.

O mesmo Serra que acha o Mercosul inútil e despreza os vizinhos de economia menor, finge agora que se preocupa com eles ao dizer que interferiria no conflito entre Colômbia e Venezuela. Sua estreiteza política nas questões internacionais se revela em todos os comentários, como ao comparar o que não se compara. “Eu diria que (o contencioso entre Venezuela e Colômbia) é muito mais prioritário do que o programa nuclear do Ahmadinejad, que consumiu uma massa de energia incrível. Para quê? Para nada”, disse ele aos empresários brasileiros.

Em primeiro lugar, é preciso dizer a Serra que o contencioso a que se refere não estava tão explosivo quando Lula foi tratar da questão do Irã, o que só poderia ser feito por grandes estadistas, reconhecidos internacionalmente. Depois, que Lula participou da criação da Unasul, que se constitui num novo bloco político, provavelmente também ignorado por Serra, capaz de mediar conflitos no continente de forma conjunta.

Por fim, a mediação do Brasil e da Turquia junto ao Irã apresentou uma proposta clara de resolução da crise em torno do programa nuclear iraniano, que só não a encerrou pela intolerância dos EUA e dos senhores da guerra, sempre interessados em algum novo campo de batalha para manterem seu domínio com práticas condenáveis como a revelada hoje pelos documentos secretos que vazaram da guerra no Afeganistão.



loading...

- Serra Parece Um Espermatozóide A Espera Eterna De Um óvulo.
A entrevista abaixo feita pela revista Época, de certa forma revela que SERRA não tem discurso, não tem programa e está perdido. Parece um espermatozóide a espera eterna de um óvulo. Está mais por fora do que espiga de milho em boca de porca nestas...

- A Unasul à Deriva Rodrigo Botero Montoya
O Globo - 26/08/2010 Está-se testando a conveniência de seguir criando foros multinacionais de configurações variáveis e sem propósitos institucionais precisos na América Latina. Além do risco de incorrer na redundância, começa-se a fazer evidente...

- Conflito Sem Mediadores-ruy Fabiano
Blog Noblat Conflito sem mediadores  O Brasil, como era previsível, assumiu seu papel protagonista no conflito Colômbia-Venezuela. Não como mediador, como queria Lula, mas como parte, o que o desqualifica para ação arbitral a que se propôs. Arbitragem...

- O Preço Da Verborragia Editorial O Estado De S.paulo
31/07/10 Os iranianos que se manifestavam contra a fraude que permitiu a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho do ano passado, nada podiam fazer quando o presidente Lula comparou os seus protestos ao "choro de perdedor" dos torcedores...

- A Droga é Nossa Carlos Alberto Sardenberg
O GLOBO Se há uma atividade verdadeiramente sul-americana, integrada em toda a cadeia produtiva, é o negócio da droga, um triunfo do empreendedorismo do mal. Começa na agricultura, com as plantações da folha de coca e de maconha, espalhadas por...



Política








.