Um senador corrupto, uma revista fraudulenta, um bicheiro e um ministro do STF, um grampo sem áudio para salvar o pescoço de Daniel Dantas e criar crises no governo Lula.
Política

Um senador corrupto, uma revista fraudulenta, um bicheiro e um ministro do STF, um grampo sem áudio para salvar o pescoço de Daniel Dantas e criar crises no governo Lula.








A ARMAÇÃO 

Um senador corrupto celebrado pela mídia demotucana como símbolo da ética, uma revista fraudulenta, um bicheiro e o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quase levaram o país a uma crise institucional, em setembro de 2008, simulando um grampo da PF que não existiu. Do que mais eles seriam (serão) capazes? (leia o artigo de Luis Nassif nesta pág) (Carta Maior; 3ª feira/24/04/2012 


Como preparar uma crise institucional No dia 1º de setembro de 2008, três ministros do STF (Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto) foram até o presidente Lula exigir, sem apresentar qualquer prova, "apuração e punição" no episódio da suposta conversa grampeada entre Mendes e o senador Demóstenes Torres. O país esteve à beira de uma grave crise institucional devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista Veja e, direta ou indiretamente, o ministro Gilmar Mendes. 

O artigo é de Luis Nassif. Luis Nassif - Blog do Nassif (*) Publicado originalmente no Blog do Nassif 

 No dia 1º de setembro de 2008, os Ministros Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto saíram da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) atravessaram a Esplanada dos Ministérios e entraram no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva. Foi uma reunião tensa, a respeito da suposta conversa grampeada entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres. 

Os três Ministros chegaram sem nenhuma prova concreta sobre a autoria ou mesmo a existência do tal grampo. Mas atribuíam-no irresponsavelmente à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e exigiam de Lula providências concretas. No auge da reunião, Gilmar blasonou: “Não queremos apenas apuração, mas punição”. Bastaria Lula ter perdido a paciência e endurecido o jogo para criar uma crise institucional sem precedentes, entre o Supremo e o Executivo. 

Sua habilidade afastou o risco concreto de uma crise institucional, à custa do sacrifício do diretor-geral da ABIN, delegado Paulo Lacerda, afastado enquanto durassem as investigações. Tanto no Palácio como na Polícia Federal e no Ministério Público Federal sabia-se que o grampo, se existiu, não havia partido da ABIN nem da Operação Satiagraha, já que nenhum dos dois – Demóstenes e Gilmar – eram alvo de investigação. 

Foi aberto um inquérito na PF que concluiu pela não existência de qualquer indício, por mínimo que fosse, de que o grampo tivesse existido. O país esteve à beira da mais grave crise institucional pós-redemocratização devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista Veja e, direta ou indiretamente, o Ministro Gilmar Mendes. Pouco antes do episódio, o assessor da presidência, Gilberto Carvalho, foi procurado por repórteres da revista com a informação de que ele também havia sido grampeado. 

Descreviam diálogos que teria tido com interlocutores. A intenção era criar um clima de terror, passar ao governo a impressão de que a ABIN e a Satiagraha haviam saído de controle e estavam espionando as próprias autoridades. E, com isso, obter a anulação da operação que ameaçava o banqueiro Daniel Dantas. É bem possível que os tais diálogos de Gilberto tenham sido gravados pelo mesmo esquema Veja-Cachoeira que forjou um sem-número de dossiês, muitos deles obtidos de forma criminosa e destinados ou a vender revista, impor o medo nos adversários, ou a consolidar o império do crime do bicheiro. 

Durante anos e anos foi um festival de assassinatos de reputação, de jogadas pseudo-moralistas visando beneficiar o parceiro Cachoeira. A revista tentou se justificar, comparando essas jogadas ao instituto da “delação premiada” – pelo qual promotores propõem redução de pena a criminosos dispostos a colaborar com a Justiça. 

No caso de Cachoeira, suas denúncias serviam apenas para desalojar inimigos e reforçar seu poder e o poder da revista. Esses episódios mostram o poder devastador do crime, quando associado a veículos de grande penetração. É um episódio grave demais, para ser varrido para baixo do tapete.



loading...

- Gilmar Mendes Afirma Que Lula Propôs Ajuda Em Cpi Para Adiar Mensalão
Com informações da Folha de São Paulo, em sua versão on-line: O ex-presidente Lula procurou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes para tentar adiar o julgamento do mensalão.Em troca da ajuda, Lula ofereceu ao ministro, segundo...

- Gilmar Mendes Na Cachoeira: Demóstenes 'trabalhou' Com Gilmar Mendes Por Ação Da Celg, Diz Pf
O cerco está se fechando à contra farsa do grampo sem áudio entre Gilmar Mendes, Demóstenes e Veja.  Do blog os Amigos do Presidente Lula  Alguém lembra de quando Gilmar Mendes se juntou a Demóstenes e mentiram que tinha grampo no STF,...

- Grampo Sem áudio: A Suspeita Que Não Pode Ser Esquecida
por Luis Nassif 1. No episódio do grampo dos Correios,  revista Veja se aliou a Carlinhos Cachoeira para expulsar uma quadrilha concorrente do bicheiro. No capítulo "O Araponga e o Repórter", da série "O caso de Veja", descrevo essas relações...

- O Bicheiro, O Senador E O Grampo Falso Da Veja
 por Luis Nassif A revelação das relações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira reabre as feridas da Operação Satiagraha e do grampo falso plantado pela revista Veja para reavivar a CPI do Grampo e matar as investigações....

- InvasÃo De Privacidade
Presidente do Supremo vai cobrar de Lula medidas contra grampos que atingiram até seu telefoneVeja- clicar para ler Carolina Brígido - O Globo; O Globo Online; CBNBRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou...



Política








.