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Política

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a CMVM aplicou multas milionárias a uma associação de gestores do BCP por prestação de informação falsa ao mercado; o que na prática resulta na inibição destas pessoas de roubar (i.e gerir) por um período de 5 anos. É uma injustiça. Estes portugueses de fino managment são íntegros filantropos dos valores universais na linha robinwoodesca anglófona de Billy-the-Kid ou Clide Barrow, do latino Salvatore Giuliano, de Dias Loureiro e Oliveira e Costa do gang cavaquista – todos eles, por puro altruísmo, “desviaraminvestimentos de accionistas ricos para os dar aos pobres de um país que é miserável. (cobrando a respectiva comissãozinha claro, que as balas para as canetas que preenchem os balanços não são à borla). E a classe politica com funções na “corporate governance” sabe bem desta vicissitude – todos eles juram também desalmadamente defender e melhorar o património do povo. (embora este esteja alienado pela dívida eterna).

Passa-se a explicar como é que tem funcionado. Como citou o CM na secção de Economia na última sexta-feira 16, o Barclays Capital apurou que há “um buraco” de 17 mil milhões na banca portuguesa, (constam dos balanços mas o dinheiro não existe), sendo que os maiores “calotes” (chamam-lhe eles assim) estão relacionados com empréstimos de crédito à habitação pelos quatro maiores bancos nacionais (CGD, BCP, BES, BPI), ou seja, com o sonho de 1 casa própria para cada american dreamer – paradigma que tem fabricado lenta mas de forma persistente a famosa bolha no imobiliário que culminou na crise do “subprime” em 2007/8. Bom… quando se descobre a fraude, o escândalo resolve-se pela assumpção pelos governos do valor da bronca que os distribui para pagamento a toda a população na forma de mais impostos, seguindo-se a emissão de mais papel-moeda para colmatar os valores em falta (mais inflação). Mas, e quando os governos económico-dependentes não têm capacidade de emissão de notas bancárias?

Aldrabam-se na mesma os balanços e importa-se dinheiro, endividando-se o país em nome da “estabilidade” dos ricos enquanto se degrada o custo de vida para os pobres. Neste preciso momento os Bancos Centrais Europeus (1) devem, segundo sugestão da FED, ter de imprimir milhões. E Ben Bernanke tem de imprimir 40 Triliões agorinha mesmo, 100 triliões para o próximo ano, 200, 500, 1000,,, etc. Como se subentende, a Reserva Americana mantém os juros a 1 por cento e cresce, a Europa paga valores acima dos 5 por cento e estagna fazendo chegar o crédito aos consumidores a 9,8 por cento. As classes média ocidentais que paguem as guerras e a crise

Game Over?

Em 2009 o défice dos Estados Unidos ( 55 triliões de dólares) quase se equiparou ao PIB mundial (58 triliões). É incompreensivel mas é verdade: a emissão de papel-moeda da América do Norte rondou os 15 triliões, enquanto o défice público e privado é de 55 triliões. Como podem os EUA pagar a dívida em falta com um suprimento de apenas 15 triliões? Faltam os tais 40 triliões, apenas para este ano. De onde vem esse dinheiro?

Existem triliões de compromissos assumidos pelos governos garantidos pelo Lobie financeiro Judeu (bail-out aos bancos, bail-outs a países, p/e Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda, Itália, e claro, também à União Europeia no seu conjunto. São criados triliões nos computadores do quartel-general do Lobie Judeu, a Reserva Federal, os quais consistem em nada mais que algarismos electrónicos. Estes valores nunca são enviados, não são investidos, não têm de facto nenhuma existência física. O CEO da Goldman Sachs, o nosso primo judeu Lloyd Blankfein, admitiu isso mesmo perante o Congresso em 27 de Abril de 2010, citando: “Todos os contratos em futuros sobre o petróleo ou qualquer outra coisa que seja, podem ser caracterizados como uma aposta… estas coisas não existem fisicamente. Mas elas providenciam liquidez”. Neste momento existem 1,5 quatriliões destes “derivados” a estrangular a economia mundial. Os mercados estão, como se sabe desregulamentados, e a Goldman Sachs e a Morgan Stanley (as grandes beneficiárias da crise) têm-se manifestado prontinhas a explorar esta situação. Pensam os ingénuos que o sistema bancário está a ser corrigido (as reformas de Wall Street por Obama, e tal...), que os esquemas fraudulentos são coisa do passado. (2)

Mas vem explicado na Time Magazine da semana passada como continua a funcionar (pag 30/31) no artigo intitulado “Como a Goldman Sachs mandou uma Cidade para o Lixo”(3). Nestes termos:
1ª fase: John Paulson (4) desejou estabelecer uma aposta segura sobre o mercado imobiliário. Em finais de 2006 o investidor em hedge-funds pediu à Goldman Sachs a criação de um titulo de empréstimo, no qual ele acreditou de facto que iria falir. 2ª fase: A Goldman Sachs inventou o fundo Abacus e lançou-o no mercado, omitindo deliberadamente mencionar o envolvimento de Paulson, que pagou à Goldman 15 milhões para despesas. 3ª fase. o Abacus encontra compradores no estrangeiro. O banco de investimento alemão IKB investe 150 milhões; o IKB junta o Abacus num pacote com outros fundos de empréstimos com chances de rentabilidade, o qual designa por “Rhinebridge”. 4ª fase: O fundo Rhinebridge obtém a classificação máxima de AAA de rating pela agência de avaliação (5) de topo Moodys. 5ª fase: Em 2007 as autoridades da cidade de Cedar Rapids (Iowa) investem 6 milhões no fundo Rhinebridge, em títulos vendidos pela Wells Fargo. Passados alguns meses os títulos perdem cerca de metade do seu valor. 6ª fase: O município de Cedar Rapids contabiliza a parte do investimento feito como lixo. Os residentes irão pagar na forma de impostos especiais 540 mil dólares por ano mais juros, sugando desta forma mais dinheiro da sua já estrangulada economia

notas
(1) o judeu Dominique Strauss-Kahn, actual director do FMI, diz que "teme que a Europa enfrente vários anos de crescimento fraco, com aumento do desemprego"
(2) Globalism, National Journal:
"O vampiro Bernanke precisa continuar a imprimir notas"
(3) Time Magazine:
"How Goldman Trashed a Town", by Stephen Gandel
(4) John Paulson: descobrir biografia na lista de judeus bilionários
(5) Agências de quê??? António Vilarigues: "estas agências são dependentes, do ponto de vista legal e mesmo financeiro, do Governo dos EUA e dos grandes bancos"
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