Política
"El Público"
o "
Público" (o nosso) dá a notícia da aparição na cena editorial de nuestros hermanos de um novo jornal de referência, denominado precisamente,,, "
El Público" - azar da sinónima concorrência ibérica (só no título), segundo o léxico do redactor "a nova publicação define-se como "
progressista, de esquerda, popular, democrática e radical (...) o novo diário, (bem como uma nova cadeia de televisão do mesmo grupo de accionistas -
La Sexta)
são considerados próximos do presidente do Governo socialista, Rodriguez Zapatero" (
ver noticia aqui)
Percebe-se o embuste. A "esquerda" na comunidade de nações de
Espanha seria o "
partido dito socialista" opositor natural do partido neocon de Aznar - e seria daquela corrente antagónica que "
El Público"
estaria próximo. Fica por explicar porque é que o Governo de Zapatero (ou a Autoridade Reguladora supostamente
independente por ele)
proibiu o spot de promoção televisiva do novo jornal, com o pretexto de
no vídeo aparecer alguém envergando uma T-Shirt com a inscrição "Fuck Bush" - algo com que o subserviente 1º ministro espanhol, como o demonstrou o seu cordato discurso na ONU, não concorda em absoluto: que a herança da rapina dos neocon de Bush perdure por muitos e bons anos. Mas, sem dúvida, a principal razão para a Censura é a frase chave do spot que serve de lema ao jornal: "
Queremos que nos Informem, Não que nos Mintam!" - Ao contrário do jornal português, cujo acesso aos artigos é paga,
no El Publico o acesso aos textos na internet é livre); e a versão impressa do diário custa
50 cêntimos!Outro ponto fundamental que marca a diferença com o jornal neoconservador português é a postura do
director do El Público,
Ignacio Escolar, que mantém um
blogue com comentários abertos, interagindo com os seus leitores (
É tão válida a minha opinião como a de qualquer leitor, desde que devidamente fundamentada)- daqui desafiamos vivamente
José Manuel Fernandes (o pensador que pensa mais rápido que a sombra) a fazer o mesmo - para que se aperceba da
popularidade das suas ideias, mormente no reincidente apoio às correntes mais retrógadas do neoconservadorismo imperialista americano e aos seus aliados nacionais.
"
Se não acreditamos na liberdade de expressão para as pessoas que desprezamos, então não acreditamos nela de todo"
Noam Chomsky
relacionado:
"
O Silêncio de Aznar" - Não fosse
a "democracia monárquica em Espanha" uma herança directa do franquismo, os
criminosos de guerra Aznar e Solana, estariam indiciados para
ser julgados.
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