Política


Hugo Chávez, voltou hoje, na sessão plenária da XVII Cimeira Ibero-Americana, a chamar “verdadeiro fascista” ao ex-primeiro-ministro espanhol José María Aznar, e a criticar a imprensa espanhola por atacar o seu regime - criticando a “aliança político-militar” que Aznar teceu com os EUA. Zapatero pediu “respeito”. “Pode estar-se nos antípodas da posição ideológica de Aznar, mas ele foi eleito pelos espanhóis e exijo esse respeito” - esqueceu-se de dizer que os politicos da laia de Aznar são "eleitos" com base em politicas de mentira! - o rei Juan Carlos, de quem em Espanha lhe rasgam e queimam os retratos na rua, sentado ao lado de Zapatero, visivelmente irritado, enquanto gesticulava, perguntou a Chávez: “¿Por qué no te callas?" - Como o Rei ali não reina, levantou-se e saiu da sala, porém, devia ter ficado e explicado porque é que (em Espanha) os sitios internet que apontam provas que incriminam Aznar em crimes perpretados pelo terrorismo internacional comandado pelos Estados são frequentemente censurados.



O líder da Nicarágua defendeu o “direito à liberdade de expressão” de Chávez, que apenas criticou “o cidadão” Aznar, que “fez e continua a fazer campanha contra a Venezuela”. “Se nós temos que vos respeitar, vocês têm de se dar ao respeito” - Daniel Ortega, que recusou os “três minutos”, avisou que falaria o tempo que lhe apetecesse e, em nome da liberdade de expressão e da diversidade democrática, ofereceu primeiro a palavra a Chávez, para que pudesse responder a Espanha. O líder venezuelano limitou-se a citar o “pai da pátria” do Uruguai, José Gervasio Artigas: “Com a verdade, não ofendo nem temo.” – concluindo: "o governo da Venezuela reserva-se o direito de responder a qualquer agressão, em qualquer lugar, a qualquer hora e em qualquer tom". (fonte)

Aznar, a agonia política de um assassino

Quem controla o passado controla a opinião sobre o presente e define a invenção do futuro. Aznar não desiste de inventar a sua versão do passado, aquela que lhe convém para os seus altos (e reles) designios de criminoso de guerra. Como decerto nos lembramos, nas 48 horas que antecederam as eleições, depois dos atentados de 11 de Março em Madrid houve uma renhida luta de bastidores sobre qual das duas versões seria “inculpada”: ou os independentistas bascos, por parte do Partido Popular, ou os “terroristas islãmicos” por parte do Partido dito “Socialista” – qualquer das duas versões é errada, pura invenção. Quem está implicado no crime é o Estado espanhol, que sob a égide do PP o perpretou para, jogando com as emoções da opinião pública, retirar dividendos eleitorais. Como também nos lembramos, Zapatero foi o governo possivel para evitar que o Aznarismo caísse com grande estrondo debaixo da acção de revolta das massas populares. Depois do recente julgamento farsa que inculpou uma hipotética rede islãmica pretensamente dirigida por um homem, o egipcio Rabei Osman, que o próprio tribunal antes reconheceu como ininputável por via de deficiência mental, a guerra despoletada entre os dois principais diários espanhóis (o “El Pais” pelo PP, que fez uma gigantesca campanha de marketing para vender “El Egipcio” como culpado para justificar a intervenção da Espanha no Iraque, quando antes, porta-voz de Aznar, no calor dos acontecimentos tinha inculpado a ETA, e o El Mundo pelo PSOE, que se limita a recolher dividendos das contradições do adversário), ambos têm a mesma intenção de ludibriar a opinião pública, escondendo a verdade com a finalidade de eternizar no Poder o esquema neoliberal de hegemonia entre os dois partidos únicos.

Aznar deve aos povos "espanhóis" um mergulho num banco de réus de um tribunal marcial.

Baralhadas as opiniões dos espanhóis, ficam por esclarecer as circunstâncias que levaram os investigadores a implicar diversos agentes da polícia na troca das mochilas dos bombistas (modificadas) enviadas a tribunal como prova, enquanto os vestigios das originais desapareceram imediatamente do local do atentado.



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