Política
a Esquerda não vai a votos
"no Outono os trabalhadores vão ser novamente chamados a votar. Sem a pressão das ruas nem a existência de uma candidatura que de alguma forma corporizasse o mal-estar e a indignação populares pela condição das suas condições de existência, que razões têm para ir votar?"
Politica Operária, editorial de Junho de 2009
Programa das medidas a tomar por comparação com os programas eleitorais dos partidos que em teoria se reclamam de esquerda mas na prática se increvem na democracia burguesa. Estaríamos dispostos a votar numa força política (que sabemos não aparecerá porque não dá votos) que levasse à prática de imediato um programa onde se inscrevam as seguintes afirmações, considerando como ponto de partida a filosofia clássica de “serem os ricos a pagar a crise”:
- Que o principal problema do país é o mais de meio milhão de desempregados, o milhão e meio de trabalhadores precários, os mais de 2 milhões de pobres, os salários mínimos de fome e as reformas de miséria.
(consequências da economia neoliberal)
- que
o Código de Trabalho vigente é para revogar- que há que reduzir fortemente os salários milionários dos gestores e aumentar os trabalhadores.
- que o desemprego deve ser combatido reduzindo os horários de trabalho.
- controlo rigoroso de trabalho não remunerado e proibição do lay-off
- que a Educação, a Saúde, a Habitação e os Transportes são um direito e não um negócio, e portanto esses serviços não devem ser desmantelados nem privatizados.
- acabar com os privilégios da Banca e a especulação bolsista, taxar as grandes fortunas. Acabar com os off-shores e o segredo bancário. Punir os crimes de colarinho branco, os delitos económicos e a corrupção que conduziram à crise.
- que a comunicação social não esteja concentrada e dominada pelos grandes grupos económicos.
- que os imigrantes, uma vez admitidos legalmente, tenham todos os mesmos direitos politicos, civis e laborais dos portugueses.
- que o racismo e a violência sobre as mulheres sejam severamente criminalizados.
- que a ocupação do Iraque e do Afeganistão termine imediatamente,
os agressores sejam julgados e condenados e obrigados a pagar reparações àqueles paises.
- que Portugal saia da NATO e os militares portugueses ao serviço das agressões Imperiais regressem de imediato.
- que o acordo sobre a Base das Lajes – utilizada pelos EUA como plataforma de agressão aos povos – seja anulado.
- reconhecer que o povo da Palestina tem o direito à autodeterminação e à plena independência.
- não aceitação das medidas de reforço policial, ditas “anti-terroristas”, a militarização contra a dissidência, a criminalização dos pobres e dos imigrantes, a limitação de liberdades democráticas em Portugal e na União Europeia
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