Política
A intervenção preventiva do BC O Estado de S. Paulo EDITORIAL,
No dizer do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, nenhum país está imune aos efeitos da crise internacional, nem mesmo o Brasil. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, está consciente disso, daí estar adotando uma política baseada na filosofia de que é melhor agir antes da explosão de um problema do que quando ele já exige medidas ma\is traumáticas.
A crise de liquidez que se espalhou por todos os países também já chegou aqui. Para enfrentá-la, especialmente nas pequenas e médias instituições financeiras, o BC logo optou por liberar recursos do recolhimento compulsório sobre depósitos à vista. A seguir, estimulou os grandes bancos a comprar carteiras de créditos de bancos menores e, agora, decidiu flexibilizar o recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo. No total, cerca de R$ 60 bilhões se tornaram disponíveis para empréstimos, suprindo parte da escassez de recursos do exterior.
Prevendo uma possível ampliação da crise, o BC pediu a edição da Medida Provisória (MP) nº 442, que amplia os seus poderes de socorro ao sistema bancário e permite maior segurança jurídica para essas operações de socorro. O Conselho Monetário Nacional definiu as garantias que os bancos terão de oferecer em contrapartida ao socorro que recebam e, assim, resta apenas lamentar que o Congresso tenha postergado para a próxima semana a votação da MP, cujo alcance foi precisamente explicado por Henrique Meirelles.
Parece-nos de fato urgente dar ao público plena tranqüilidade em relação à solidez do sistema financeiro e a certeza de que em caso mais grave esse sistema poderá contar com a ajuda do BC.
Foi com essa mesma serenidade que o BC enfrentou o problema da falta de recursos para financiar operações do comércio exterior e também o problema da volatilidade da taxa cambial. Por meio de operações de swap, que não afetam as reservas, garantiu recursos para que o comércio exterior continue a funcionar e não se deixou impressionar pelas operações especulativas que procuravam forçar o uso das reservas.
O BC não tornou previsível que fará intervenção direta, reservando-se o direito de analisar as condições do mercado em cada momento da venda de divisas e usando esse instrumento até para derrotar ataques da especulação. É de esperar que as medidas preventivas e a atitude serena possam afastar maiores dificuldades.
loading...
-
Deputados Aperfeiçoaram A Mp 442
A Câmara dos Deputados aprovou, anteontem, a Medida Provisória (MP) 442, que permite ao Banco Central (BC) abrir linhas de redesconto de longo prazo para os bancos, em moeda nacional ou estrangeira, com as garantias definidas...
-
Reduz-se O Crédito De Custo Menor O Estado De S. Paulo Editorial,
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reconheceu que o crédito, nos primeiros dias de outubro, sofreu séria retração e se multiplicam as queixas de que a liberação de recursos do recolhimento...
-
Mais Poderes Ao Bc O Estado De S. Paulo Editorial,
O Brasil não sentiu ainda todo o peso da crise financeira que afeta os países do Primeiro Mundo, os quais, por não terem aplicado as normas bancárias conhecidas como Basiléia 2 - que exigem um aumento de capital em razão...
-
Risco De Quebra De Empresas é Tema De Reunião
O ESTADO DE S PAULO, Estimativa do governo é de que meia dúzia de companhias exportadoras esteja nessa situação Lu Aiko Otta, Tânia Monteiro e Renata Veríssimo O risco de quebradeira entre empresas exportadoras,...
-
O Brasil No Vendaval
Folha de S.Paulo EDITORIAL, Autoridades têm meios de prevenir efeitos indesejáveis da crise no país, como a escassez no crédito para exportar A AVALANCHE destruidora da crise global, que não pára de fazer vítimas entre instituições financeiras,...
Política