Política
MENOS INFLAÇÃO EDITORIAL O GLOBO
27/12/2008
A inflação em 2008, medida pelo IPCA, índice apurado pelo IBGE, deverá fechar em torno de 6%, abaixo do teto da meta do governo.
É um bom resultado, considerando-se que os primeiros meses do ano foram marcados por fortes pressões nos preços dos alimentos e das principais matérias-primas industriais.
Além disso, a economia brasileira passou os três primeiros trimestres de 2008 se expandindo aceleradamente, com o Produto Interno Bruto (PIB) chegando a evoluir quase 7%, números que o país não registrava há muito tempo.
Diante do risco de a inflação ultrapassar o teto da meta, já estava claro, mesmo antes do estouro da crise financeira internacional, em meados de setembro, que o ritmo de crescimento da economia brasileira teria de diminuir para estancar as pressões inflacionárias e evitar um desequilíbrio mais expressivo nas contas externas.
A contenção do consumo interno viria pelo encarecimento do crédito, a partir da elevação das taxas básicas de juros fixadas pelo Banco Central.
Mas a desaceleração agora será mais decorrente da situação internacional do que propriamente de questões internas. Os mercados das nações mais desenvolvidas estão encolhendo, afetando por tabela as economias emergentes.
Sem demanda aquecida, os preços têm retrocedido nos mercados internacionais e também no Brasil. Ainda que o real tenha se desvalorizado quase 50% em relação à moeda americana em um curto espaço de tempo, o recuo dos preços em dólar deve neutralizar essa eventual pressão do câmbio sobre a inflação.
Por isso, tanto os analistas de grandes instituições financeiras como o Banco Central - este em seu último relatório trimestral, divulgado recentemente - estão prevendo que a inflação voltará a se aproximar do centro da meta estabelecida pelo governo (4,5%) em 2009 e 2010.
Com a inflação sob controle, a economia brasileira poderá crescer acima da média mundial nos próximos anos, o que será fundamental para o país superar graves problemas sociais e, assim, melhorar as condições de vida da população.
loading...
-
Disparada Celso Ming
08 Fevereiro 2015 | O estouro da inflação e a perspectiva de que continue muito alta ao longo de 2015 é novo indicador da rápida deterioração das condições da economia. Medida em 12 meses, a evolução do Índice de Preços...
-
Dois Anos De Pib Magro - Miriam LeitÃo
O GLOBO - 28/09 Quem acompanha o cotidiano da economia já sabia que o Banco Central iria reduzir novamente a previsão de crescimento. A queda foi para 1,6%. Em março, a previsão era 3,5%, em junho, foi a 2,5%. Meses atrás, quando os economistas...
-
Botox Na Inflação Editorial Estadão
O Estado de S. Paulo - 07/10/2011 A inflação continua acelerada e não há sinal, até agora, do arrefecimento previsto pelo governo para os próximos meses. Com a alta do dólar, os preços ganharam impulso adicional nas últimas semanas e isso já...
-
Celso Ming A Inflação Perde Força
O que fica agora para ser discutido não é mais se os juros básicos (Selic) vão ser cortados, mas quanto vão ser cortados. Uma redução de 0,25 ponto porcentual agora parece pouco diante da força do recuo da inflação. Os números do IPCA vieram...
-
Serenidade O Globo Editorialp
As economias emergentes também vêm sofrendo forte impacto da crise financeira internacional, diferentemente do que se esperava meses atrás. No caso do Brasil, indicadores importantes já detectam um processo de desaceleração, de modo que os analistas...
Política