Os "miseráveis" transformaram o Brasil no "terceiro maior mercado para GM, Ford, VW e Renault, e o maior para a Fiat
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Os "miseráveis" transformaram o Brasil no "terceiro maior mercado para GM, Ford, VW e Renault, e o maior para a Fiat


País ganha terreno no ranking das montadoras



Video em que LUIZ CARLOS PRATES da RBS/TV Globo - Santa Catarina, fala sobre os miseráveis, malditos que compram carros. 



Brasil é o terceiro maior mercado para GM, Ford, VW e Renault, e o maior para a Fiat

Cleide Silva - O Estado de S.Paulo

O Brasil já foi considerado uma "aventura" por multinacionais do setor automobilístico. Hoje, é o terceiro mercado mais importante para quatro grandes grupos - Ford, General Motors, Renault e Volkswagen - e o que mais vende carros da Fiat.
Com venda recorde de 3,5 milhões de veículos novos em 2010, o País confirmou o inédito posto de quarto maior mercado mundial. Com isso, as filiais das montadoras ampliaram as contribuições aos negócios globais, ajudando a amenizar resultados negativos das empresas mães nos Estados Unidos e na Europa.
Há dois anos, a Fiat do Brasil ultrapassou a matriz italiana e é a que mais vende carros da marca no mundo. Nesse período, ampliou sua participação nos negócios globais de 30,5% para 35%.
A Fiat vendeu cerca de 690 automóveis em sua terra natal em 2010 e 760,5 mil no Brasil. O grupo tem fábricas em oito países, entre os quais Polônia - terceiro maior consumidor - e Índia.
Em 1998, quando o grupo francês Renault abriu a fábrica no Paraná, vários executivos na matriz viam o projeto "como uma aventura", relembra o presidente da montadora no Brasil, Jean-Michel Jalinier. Em 2010, o País foi o terceiro maior mercado da marca, atrás da França e da Alemanha. Com vendas de 160 mil veículos, a subsidiária desbancou Coreia e Itália, que caíram para quarta e quinta posições.
É a primeira vez que a subsidiária conquista essa representação. A França, sede da empresa, consumiu em 2010 perto de 700 mil automóveis da marca e a Alemanha, pouco mais de 160 mil. "Agora, todos veem o Brasil como um dos países mais importantes para o grupo e muitos executivos nos visitam", diz Jalinier, que sente "na pele" a mudança. Ele conta que, antes, precisava ir à França para defender projetos e investimentos. "Agora, a matriz entende nossas necessidades e o retorno é rápido."
Terceiro maior mercado para a General Motors, atrás dos EUA e da China, o Brasil responde por 8% da receita do grupo, de cerca de US$ 135 bilhões. Há cinco anos, essa participação era de 3%. Nesse período, o grupo dobrou as vendas locais, que em 2010 somaram 657 mil unidades, informa Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul.
Ao deixar a presidência da GM do Brasil para assumir o novo posto, em julho, Ardila passou a ser o primeiro membro da direção da empresa na região a ter um assento no comitê mundial.
O Brasil também é o terceiro maior mercado para a Volkswagen, onde a marca vendeu no ano passado 697 mil carros. A filial perde para a China e a Alemanha, mas vem ampliando sua fatia nos negócios do grupo. Em 2006, participava com 12% das vendas, porcentual que hoje está em 17%, diz o presidente da filial brasileira, Thomas Schmall.
Segunda no mercado brasileiro, a Volkswagen projeta vendas anuais de 1 milhão de veículos no País em 2015 para acompanhar a escalada da companhia, que pretende ser a maior do mundo, posto hoje da japonesa Toyota.
A Ford é outra que tem o Brasil como terceiro maior consumidor. "Perdemos para os EUA e o Reino Unido", diz Marcos de Oliveira, presidente da Ford Mercosul. A empresa encerrou 2010 com vendas de 336 mil veículos, mantendo-se em quarto lugar no ranking nacional.
Das vendas de 2,96 milhões de veículos que o grupo francês PSA Peugeot Citroën somou no ano passado, 4,7% foram no mercado brasileiro. Em 2005, quando as duas marcas comercializaram 3,39 milhões de automóveis ao redor do mundo, 2,4% foram no Brasil, onde os negócios saltaram de 80,4 mil unidades naquele ano para 174 mil em 2010.
Caminhões. Para a Scania, o Brasil é o principal mercado desde 2007. Em 2010, as vendas de 15,4 mil caminhões responderam por 29% de tudo o que o grupo sueco vendeu. Em 2005, essa contribuição era de 9,9%. 



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